Thursday, January 22, 2009

Snuff [pm - ctqs]

Com os seus lábios senti o mundo nela vezes e vezes sem fôlego.
Era para o corpo o beijo para sempre da alma e para nós nunca houve realmente um amanhã.
E a miúda, avelã de olhos, sorriu e eu arrebatado roguei limpar com dor no mar do azul; lutar os olhos do seu fogo frustrado em melancolias de lábios secos, envolto de fumo,possuído por cancros de emoção: a face da felicidade é o sorriso da solidão.
Então aguentei o orgulho num cigarro e esperei que se evaporasse no álcool.


Porém já fui mais bêbado do que vivo e mesmo assim vivo assim, sem bebedeira que me cure de mim. Só me descubro no que bebo e me abandono ao fervor desta vida que me vai matando um amor de cada vez.

E talvez escrevesse uma carta de palavras riscadas acerca do que poderia ter sido mas usando os verbos no passado como se o tivéssemos feito na realidade.
Ela atira-se às minhas pedras e cospe a culpa na minha alma, mas do que pode vir e não se fez, eu já nem me importo desconhecer não querer saber.

Não vou ouvir a sua vergonha, nem amanhã. Já vesti a minha escolha, já vi o caminho que me vou perder. Já senti, já estive aí e nem a loucura vai ser desculpa.
Eu sou o Capitão Romance. Eu sou o Capitão Romance.