Thursday, February 19, 2009

Trovoada Cai

tempos tratam as tentativas de amor
travando trezentos tratos enquanto intempestivamente
tentamos tentar trazer a tudo
o todo trazido a nós intemporalmente

trocamos tempestades
tendo-nos, a troco de tesouros antagonistas
ou antíteses tertamudeadas por todos,
cintilar à tona dos tolos
tocando nas togas tântricas
de tintas talvez trocadas

a totalidade total do todo
e a fatalidade fatal do fogo
que tudo transforma em tambores rufantes
reflectindo a reminiscência restante no rosto

a recorrente repercussão das regras rendidas
roem o rodo rodado das ruas reais e
remamos regressando à relativa rendição
remoendo as referidas regras ate à exaustão

recorda-te!
regressos sem réstia de relutância
ou regressos ressecivos de réstias de relações?
recolho-me em reclamações de reconhecimento:
o retroflexo do rarefeito reste
recordo-te eu recorrentemente
rodando, rolando
rimando a rodos sem roques nem reis
rodando o rolado

sem cair e sem nunca perceber a realidade

aos tolos que tentam trazer-te á tona
sem teatralizar o entendimento
em torno de tudo o que em ti transbordava
traria trancados, para serem tragados pelo trovão
tudo nele tu
todo ele teu

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